Marcelo Déda, afinal, admite: Doutor Rogério Carvalho destruiu a Saúde estadual
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Num comercial veiculado ontem no horário nobre das emissoras de TV sergipanas, o governo anuncia que “está reconstruindo a saúde”... A semiótica implícita na frase sugere duas interessantes alternativas: Marcelo Déda relaxou na elaboração do marketing eleitoral/governamental (não necessariamente nesta ordem), cujo gasto chega a quase R$ 30 milhões/ano... ou a Comunicação estadual imbecilizou-se!
Iniciado o calendário de 2012, entra-se no sexto ano consecutivo da gestão do PT, sendo a Saúde Pública – seguida da segurança – o maior problema enfrentado por Marcelo Déda. Se agora “reconstrói” alguma coisa, é porque supostamente havia destruição – e quem a praticou? Sem dúvida, já que a esta altura do campeonato não mais se pode admitir a ingerência do ex-governo nas ações do atual, a culpa certamente recai sobre o ex-secretário estadual de Saúde, o hoje deputado federal e candidato do governo à Prefeitura de Aracaju, Doutor (ele gosta de ser chamado assim) Rogério Carvalho.
Sergipe inteiro conhece a histórica passagem de Rogério Carvalho pela Saúde da Prefeitura de Aracaju, quando inaugurou dois “hospitais” de ponta, posteriormente rebaixados a postos de saúde pelo Ministério Público, atendendo a pedido da Sociedade Médica de Sergipe, que denunciou a fraude perpetrada ainda no período eleitoral de 2006. Ao assumir a Saúde estadual, o médico e professor, munido de uma marreta, mandou destruir as partes internas do Hospital Infantil José Machado de Souza, finalmente inaugurado somente no fim do ano passado na calada da noite, por ordem da Justiça, também atendendo a pedido do MP por via dos médicos.
O programa “Fantástico” da Rede Globo foi assíduo nas denúncias do projeto de Rogério Carvalho para desmantelar o sistema de Saúde Pública estadual, apresentando ao Brasil a morte de mais de 100 crianças na Maternidade Hildete Falcão por conta da imundície, o fechamento por quase um ano da Maternidade N. S. de Lourdes, apesar de plenamente operacional; a transformação do Huse (ex-Hospital JAF) em matadouro de pobres e, por fim, o sucateamento do Samu Estadual e a falácia das Clínicas da Família, um dos maiores trotes da história política de Sergipe.
Ao utilizar uma peça de propaganda com o fito de tentar provar que busca solucionar as tantas barbeiragens cometidas pelo danado do Doutor Rogério Carvalho, em prejuízo da imagem pública dele próprio (Marcelo Déda), sobretudo ao admitir que “está reconstruindo a saúde”, o governador diz afinal o que todos os sergipanos já sabem faz tempo: a gestão de Doutor Rogério Carvalho só não foi pior porque, graças aos Céus, ele precisou afastar-se para concorrer à Câmara Federal e, num golpe de sorte para os pobres de Sergipe, foi eleito deputado federal.
Resta saber se, além de “reconstruir a saúde”, Marcelo Déda vai fazê-la algum dia voltar a funcionar num nível aceitável, pelo menos no mesmo nível deixado por João Alves Filho, que apesar de ser precário, era indubitavelmente mais eficiente que o da gestão do PT.
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Poderia ser ainda pior? – Ontem, através do Twitter, o ex-deputado federal José Carlos Machado, engenheiro por formação e, portanto, afeito a números, informou que o “Índice de Desempenho do SUS aponta 13 estados abaixo da média de Sergipe, que é de 5,36”. Ou seja, em 13 estados a Saúde Pública está pior do que em Sergipe – imaginem a tragédia...
“O interessante”, diz o ilustre camarada, “é que dos treze, 12 estados são governados por aliados da presidente Dilma Rousseff. Sinal que a Saúde Pública está no vermelho, literalmente! Acima da média de Sergipe estão seis estados, cinco governados pelo PSDB e o outro pelo DEM. Então, o resultado da avaliação feita pelo Ministério da Saúde significa o quê?”, questiona José Carlos Machado, para concluir que “Santa Catarina é o estado com a maior média do IDSUS: 6,29 – (santa) coincidência: o estado nunca foi governado pelo PT”.
Fonte: Blog do David Leite - http://abraoolho-dmilk.blogspot.com/